terça-feira, 23 de setembro de 2008

Seminário - As Elites de Cor - Um estudo da ascensão social

Seminário - As Elites de Cor - Um estudo da ascensão social, obra de Thales de Azevedo.
Material enviado pelo grupo.

Como profissão, a fotografia. Como paixão, o mundo. E a Bahia.
Pierre Verger amou a Bahia desde sua chegada. E amou, e fotografou, a gente daquela terra, seus costumes, seus jeitos. Escolhemos algumas fotos do exuberante trabalho de Pierre Verger por que além de belas, as imagens retratam o cenário social baiano contemporâneo a obra intrigante de Thales de Azevedo. Mais informações sobre Pierre Verger, no site da fundação Pierre Verger. Mais sobre Thales de Azevedo, também no site.


No tocante à religião como mecanismo de ascensão social, Thales de Azevedo pontifica em sua pesquisa que, efetivamente há possibilidades da pessoa de cor pleitear posições elevadas. Na esteira desse pensamento, Azevedo conclui que há uma horizontalidade nas relações. A exemplo da imagem, a mulher representa um culto afro-brasileiro, revelando-nos o impacto da religiosidade na socialização de valores culturais e no fortalecimento da consciência de raça.


Thales de Azevedo em seu estudo sobre as relações raciais em Salvador imputa ao casamento inter-étnico o ponto crítico para a explicitação do preconceito de cor. Como podemos observar na imagem casal negro celebra a execução do contrato nupcial. Contudo, é válido ressaltar que algumas mulheres negras abordadas pelo método do questionário manifestaram óbices para o casamento com homens de cor.



O autor de “Elites de Cor: Um estudo de ascensão social”, enquadra-se no enfoque teórico piersoniano da sociedade multirracial de classes, ou seja, há um sistema de classes aberto à mobilidade vertical. Entretanto, para a aplicação desse mecanismo é imprescindível que o comportamento do negro aproxime-se dos padrões estabelecidos pela classe dominante. A imagem ilustra a acomodação do negro em cargo público de monta. Não obstante, as violências irradiadas pelas características fenotípicas não irão cessar.

Nos espaços destinados ao lazer e entretenimento (bailes e clubes recreativos) Azevedo expõe as dimensões do preconceito pela prática reveladora do questionário. As mulheres de cor entrevistadas explicitam seus modelos ideais de parceiros de dança, e o resultado é surpreendente: a preferência esmagadora por brancos ou “morenos finos”. É mister também oferecer relevo ao tratamento imposto aos negros nesses espaços: há relatos de clubes que vetam a entrada de pessoas de cor nos saraus, mesmo elas pertencendo ao quadro de associados.



7 comentários:

Anônimo disse...

Essas fotos estão muito boas!

Pierre Verger sem dúvida é um dos maiores fotógrafos que pisaram em nossa terra.

Para quem gosta de fotografia, eu sugiro esse site:
http://www.masters-f-photography.com/

Anônimo disse...

essas fotos são muito legais! Parabéns!

Eu queria fazer uma pergunta: Luiq Wacquant está certo quando defende que o projeto UNESCO na verdade "criou" o problema do racismo no Brasil?

Anônimo disse...

Parabéns a vocês pela iniciativa do blog! Tentarei aparecer de vez em quando e contribuir com a discussão.

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Legal Cynthia! Que bom saber que vc passou por aqui.

Vc deve ter visto que o o blog Que Cazzo está entre as nossas indicações.

espero que possa divulgar este espaço para mais pessoas.

Sociedade Brasileira disse...

ei pessoas, essas mensagens que estão como apagadas, na verdade foram comentários que eu mesmo postei e apaguei. Não é censura :P